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Sites “AI-native” devem redefinir a experiência digital em 2026, aponta Sioux
A evolução da inteligência artificial está prestes a mudar profundamente a forma como sites e produtos digitais são concebidos. Em 2026, plataformas online tendem a deixar de operar com fluxos fixos para adotar modelos capazes de aprender em tempo real, adaptar experiências ao contexto do usuário e executar tarefas de forma autônoma.
O movimento sucede um 2025 marcado pela adoção acelerada da IA como ferramenta de ganho de eficiência. Agora, segundo a Sioux, empresa especializada em design e tecnologia, o setor de desenvolvimento web entra em uma nova etapa: a dos produtos AI-native, pensados desde a origem para ter a inteligência artificial como núcleo da experiência — e não apenas como recurso complementar.
De acordo com a companhia, a nova geração de sites será construída para ir além da automação de respostas. Essas plataformas passam a assumir tarefas complexas, conectar serviços externos por meio de MCPs — uma espécie de “API para IAs” — e adaptar funcionalidades conforme o comportamento, os objetivos e o contexto de cada usuário.
“Estamos migrando de uma lógica de automação para um modelo de autonomia digital”, afirma Felippe Kanashiro, head de produtos digitais da Sioux. “Até agora, a IA ajudava o produto. A partir de agora, ela passa a ser o próprio produto.”
Da eficiência à hiperpersonalização
Para Kanashiro, o principal desafio enfrentado pelas empresas em 2025 não foi tecnológico, mas estratégico. A adoção da IA, em muitos casos, ocorreu sem clareza sobre a dor de negócio a ser resolvida. Com isso, o papel humano se deslocou da execução para funções como curadoria, visão estratégica e tomada de decisão.
Em 2026, a aposta passa a ser em experiências que antes eram inviáveis. Em vez de responder solicitações pontuais, agentes de IA começam a orquestrar processos completos. Um sistema pode, por exemplo, identificar atrasos em um projeto, cruzar dados de equipes, sugerir um novo cronograma e registrar automaticamente as mudanças nos sistemas internos da empresa.
No varejo, a lógica se traduz em experiências mais contextualizadas. Um e-commerce pode cruzar informações como previsão do tempo, histórico de compras, estoque e logística para montar ofertas personalizadas e resolver necessidades específicas do consumidor em uma única interação.
O resultado é a consolidação de um modelo de hiperpersonalização 1:1, no qual a experiência digital se ajusta continuamente ao perfil e ao comportamento de cada usuário.
Interfaces híbridas ganham espaço
Apesar do avanço da IA conversacional, a Sioux avalia que ela não substituirá completamente as interfaces tradicionais. O cenário mais provável é a convivência entre modelos.
Interações por linguagem natural tendem a ser mais eficientes em jornadas complexas, nas quais o usuário precisa combinar várias ações ou não sabe exatamente como formular o pedido. Já tarefas objetivas, como emitir boletos, acompanhar pedidos ou aplicar filtros simples, continuam sendo melhor atendidas por interfaces tradicionais bem estruturadas.
Personalização e confiança
A ampliação da autonomia dos sistemas também levanta preocupações sobre privacidade e confiança. Segundo a análise da Sioux, o desconforto do usuário surge quando a tecnologia tenta se passar por humana ou não deixa claro como decisões automatizadas são tomadas.
Para evitar o chamado creepy factor, a empresa defende três pilares para o design de produtos digitais em 2026: clareza sobre o uso da IA, explicações transparentes sobre recomendações e controle do usuário sobre os níveis de personalização.
“Quanto mais inteligente e personalizada a experiência, maior precisa ser a transparência”, afirma Kanashiro.
Na avaliação da Sioux, o avanço da IA não elimina o papel humano, mas o reposiciona. Se 2025 foi o ano da aceleração, 2026 tende a marcar a consolidação de uma inteligência orientada por estratégia, na qual pessoas assumem o papel de curadores e responsáveis pela direção dos produtos digitais.
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