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Crescer sem desperdício é próxima fronteira das PMEs brasileiras
*Por Bruno Pinheiro
Por muito tempo, crescer foi sinônimo de “fazer mais”: mais tarefas, mais ferramentas, mais campanhas, mais esforço. No Brasil, onde 79% das pequenas e médias empresas enfrentam problemas de gestão (Sebrae) e 90% dos empresários acumulam funções demais (Instituto Locomotiva + Itaú Empresas), essa mentalidade virou quase uma regra não escrita. O resultado é um ecossistema cheio de empreendedores talentosos, mas sobrecarregados, operando no improviso e tentando escalar negócios sem estrutura clara.
No cenário global, a situação não é tão diferente. Um levantamento do MIT revelou que 95% dos projetos em inteligência artificial falham, não por causa da tecnologia, mas pela ausência de estratégia. Ou seja: tecnologia sem direção é desperdício.
Analisando de perto algumas empresas, dá para notar que muitas tinham produto, mercado e clientes, mas esbarravam sempre nos mesmos obstáculos: desorganização, falta de clareza e ausência de integração entre áreas. Crescer, para muitas delas, virou sinônimo de carregar mais peso, não de ganhar eficiência.
Durante muito tempo, a ideia de escalar um negócio esteve associada a aumentar a equipe, comprar mais ferramentas ou investir pesadamente em tráfego pago. Na prática, isso gerou operações inchadas, dependentes e pouco previsíveis. Crescimento real não é sobre “fazer mais”, mas sobre fazer o essencial de forma estruturada e inteligente.
Chamamos isso de Crescimento sem Desperdício. Em vez de marketing, vendas e operação funcionarem como peças soltas, integramos tudo em uma única direção, com inteligência artificial como infraestrutura estratégica. Isso não significa substituir pessoas, mas dar a elas o suporte necessário para que possam focar no que realmente importa: pensar, criar e liderar.
O primeiro passo é estruturar a estratégia em planos claros: entender onde se quer chegar, quais funis ou canais realmente geram resultado e como alinhar identidade e posicionamento ao crescimento. Em seguida, automatizar tarefas repetitivas e eliminar gargalos operacionais para que as pessoas possam focar no que realmente gera valor.
Crescer não pode continuar sendo sinônimo de caos. Estamos em uma nova era: a das empresas que escalam com clareza, dados e inteligência. A verdadeira inovação não está em acumular ferramentas ou rodar campanhas sem fim, mas em dar direção, ritmo e propósito ao crescimento.
A verdadeira inovação não está em acumular tecnologia, mas em usá-la para organizar, dar direção e transformar esforço em resultado real. No fim das contas, crescimento sem desperdício não é apenas um método de gestão, é uma mentalidade empreendedora.
*Bruno Pinheiro é fundador da Groovia e autor do livro Empreenda sem Fronteiras.
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