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Startup de stablecoin Circle tem ações quadruplicadas desde IPO
Empresa por trás da USDC, uma das principais stablecoins, estreou na Bolsa de Nova York em 5 de junho com oferta pública inicial precificada a US$ 31 por ação. Na sessão inaugural, os papéis abriram em US$ 69,50 — bem acima da faixa estimada de US$ 27 a US$ 28 e chegaram a US$ 103,75, gerando interrupções por alta volatilidade. Aos 15h03 do mesmo dia, a cotação rondava US$ 92,32, quase triplicando o valor inicial.
Nos dias seguintes, o movimento ascendentes prosseguiu. Na sexta-feira houve valorização de cerca de 29%, com fechamento em US$ 107,70. Na segunda-feira seguinte, ações exibiram alta de 5,8%, sendo negociadas a US$ 113,80 pouco antes das 13h50 (horário de Brasília), com pico intradiário próximo a US$ 128,80 — mais de quatro vezes o preço inicial.
Como resultado, o valor de mercado da companhia atingiu aproximadamente US$ 28 bilhões. Antecedendo esse desempenho, a empresa captou cerca de US$ 1,05 bilhão na oferta primária, com venda de 34 milhões de ações a US$ 31 cada, projetando valorização total diluída estimada em US$ 8 bilhões.
Fundada em 2013 por Jeremy Allaire e Sean Neville, a Circle opera com foco em pagamentos peer‑to‑peer e emite stablecoins lastreadas em dólar (USDC) e euro (EURC). A USDC figura como segunda maior stablecoin, denominando valor algemado a US$ 1, sendo amplamente empregada em transações digitais por empresas e instituições.
Jeremy Allaire comentou que o mercado percebe o potencial das stablecoins para modificar a arquitetura financeira, semelhante ao impacto da internet em outros setores. Também mencionou iniciativas como a rede Circle Payments Network, que permite liquidação transfronteiriça em tempo real via USDC.
Apesar de esforços anteriores do grupo, como tentativa de IPO por meio de SPAC em 2022, a abertura adiou pelo rigor regulatório . Desde então, houve aproximação com autoridades, resultando em licenças e transparência reputacional, conforme destacou Allaire.
O lançamento ocorre em momento de atenção regulatória nos Estados Unidos. Com legislação sobre criptomoedas em debate no Congresso, especialmente sobre stablecoins, analistas estimam crescimento dez vezes maior em mercado de cripto nos próximos cinco anos, podendo chegar a US$ 1 trilhão.
Além disso, IPOs no setor ganham nova fase. A Coinbase foi incluída no índice S&P 500, o que fortaleceu percepção positiva em Wall Street. Já se especula sobre estreia da exchange Gemini, dos irmãos Winklevoss, também no mercado americano. Em resumo, capitalização acelerada reflete combinação entre credibilidade institucional obtida, demanda expressiva e agendas regulatórias convergentes. Mesmo com oscilações, a trajetória de valorização de quase quatro vezes desde o IPO indica tendência de alta sustentada.
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O post Startup de stablecoin Circle tem ações quadruplicadas desde IPO aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Tiago Souza
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