A tokenização das finanças representa avanço na digitalização de ativos financeiros

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A tokenização das finanças representa avanço na digitalização de ativos financeiros

*Por João Fraga

Primeiro, precisamos esclarecer que o Drex não veio para substituir o Pix. Pelo contrário, o Drex é uma moeda digital que faz parte da família deste. Conforme a leitura dos marketeiros do Banco Central, o “x” sinaliza um futuro que está associado à tecnologia, cujo acrônimo significa Digital Real Eletronic X. Este não é um meio de pagamento. E, sim, uma plataforma por meio da qual se realizam operações em grande escala como a aquisição de automóveis e a compra e venda de imóveis. 

Ele é o real em sua forma digitalizada. Por este meio, mantém-se toda a confiabilidade e estabilidade da moeda. Entretanto, nesta versão digital, não existe uma cédula impressa. Esta é a própria moeda disponível em uma plataforma eletrônica, que vai ser controlada pelo Banco Central. As informações referentes ao dinheiro não ficam em um único computador, mas em uma rede que disponibiliza informação e verifica dados simultaneamente.

Este é o mesmo sistema usado pelos demais ativos digitais, os criptoativos, como uma criptomoeda. Mas qual é a diferença entre ambos? O primeiro é uma CDBC (Central Bank Digital Currency), que é emitida pelo BC. Então, este é um ativo digital que traz segurança, estabilidade e confiabilidade. 

O principal intento deste ativo é reduzir custos. E é aqui que entram os contratos inteligentes, os quais lhe permitem programar as transações para que estas ocorram automaticamente. Por exemplo, imagine que um indivíduo queira vender uma casa. Mas ele só quer realizar a transferência do bem quando o dinheiro cair na conta. 

Já o comprador considera incerto dar o dinheiro e não receber o imóvel. Ou seja, ele também deseja fazer a transferência somente depois de o imóvel ser transferido para o nome dele. Com o contrato inteligente, o negócio vai ser concluído dentro da plataforma do real digital, simultaneamente. Somente quando ambos realizarem suas pendências, ocorrerá a transação financeira e a entrega das chaves. 

Haverá, portanto, uma série de garantias que serão firmadas, ocorrendo a transação somente quando os interessados cumprirem os seus respectivos deveres, conforme estabelecido por meio de contrato. Esse recurso pode vir a estar acessível para o consumidor, contudo, somente as instituições financeiras o utilizam, por enquanto. 

Assim, testa-se a segurança do sistema; verifica-se se há conectividade e se o acesso à informação está adequado. Essencialmente, havendo avanços, conforme o BC prevê, haverá uma redução grande dos custos financeiros e de financiamento da economia. 

Se eu tenho, por exemplo, um carro ou um imóvel, a aquisição desses bens se transforma em um papel que é certificado por um cartório, atestando que o proprietário daquele veículo ou moradia sou eu. 

Na digitalização, os agentes financeiros reconhecem os processos prefigurados em contrato, tendo em sua origem a digitalização completa da mercadoria. O real digital é a maneira pela qual se coloca a moeda na forma dos ativos. Transações mais eficientes e mais seguras são decorrentes disso.  

Obviamente, ela estará atrelada à sua conta bancária. Desta maneira, acessa-se um contrato inteligente, por exemplo, com o real digital. O Banco Central, na corrida com as criptomoedas, está ganhando a dianteira, angariando usuários para esta nova plataforma de operações. 

Permitir-se-á que vários tipos de transações financeiras seguras com ativos digitais e contratos inteligentes estejam à disposição de instituições financeiras, em um primeiro momento. Tais serviços serão liquidados pelos bancos da plataforma Drex, do BC. O ambiente virtual utiliza a tecnologia de registro distribuído, em inglês Distributed Ledger Technology – DLT).

*João Fraga é CEO da techfin Paag


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